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Casamento, Divórcio e a Vontade de Deus - 1

 
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O texto que se encontra em Mateus 19.3-12 registra dois diálogos interessantes sobre o assunto de casamento, divórcio e a vontade de Deus quanto ao assunto. O primeiro diálogo é desenvolvido entre Jesus e os fariseus, que o abordam quanto à legitimidade de um divórcio efetuado por “qualquer motivo”. Para surpresa dos fariseus, Jesus responde dizendo que “a vontade de Deus” é que o homem e a mulher que se uniram pelo matrimônio não se separem. Em seu argumento Jesus demonstra que a resposta para tais dúvidas se encontram na leitura atenta das Escrituras. Isto fica claro pela sua resposta: “não tendes lido?” (Mt 19.4). É como se Jesus dissesse: “quem lê o que está escrito sabe o que é permitido e o que não é”. Para as respostas básicas deste e de outros assuntos, não há necessidade de revelações extras, basta ficar com aquilo que já está escrito! Então, o que era isso que estava escrito que Jesus fez questão de mencionar? Além disso, como tal coisa escrita responderia a dúvida dos fariseus? Jesus cita apenas dois textos do livro de Gênesis garantindo que lá estariam as respostas às suas dúvidas: “Não tendes lido que o Criador, desde o princípio os fez homem e mulher?” (Gn 1.27); “e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne?” (Gn 2.24). Caso alguém não compreendesse o que tais textos realmente significavam, Jesus fez questão de comentá-los de forma explicita, dizendo: “Se pela união do matrimônio, criado por Deus, eles se tornam uma carne só, então, o homem não deve separar aquilo que Deus idealizou para ficar junto” (Mt 19.6). Os fariseus, não satisfeitos, ou poderíamos dizer “ainda motivados pelo interesse de satisfazer seus próprios anseios”, eles insistem na discussão tentando chegar ao concesso de que um homem pode sim separar não importando muito qual seja o motivo. Se Jesus diz que as respostas estão na Bíblia, então eles também citam a Bíblia! “Se não devemos nos separar por que então Moisés mandou dar carta de divórcio e repudiar?” (Mt 19.7). E aqui nós vemos como corremos o risco de interpretar textos das Sagradas Escrituras ao nosso bem prazer se não formos atenciosos à função do contexto da passagem escolhida. Jesus diz claramente que a permissão de Moisés (e não o mandamento) para repudiar, foi uma permissão temporária devido à condição espiritual dos homens, mas que agora, de Cristo para frente, a condição espiritual humana seria restaurada ao padrão inicial, assim possibilitando ao homem viver à luz do que Deus havia estabelecido desde o princípio! No entanto, se os fariseus queriam saber se era permitido separar-se “por qualquer motivo”, Jesus responde bem objetivamente dizendo: “não é possível separar-se por qualquer motivo e ainda assim estar com o coração tranquilo diante de Deus, pois o único motivo que isentaria o homem de culpa numa possível separação e contração de novas nupcias, seria a traição por parte da esposa” (Mt 19.9). É preciso que se diga: Ainda que Jesus tenha permitido a separação por este único motivo, ele não a obrigou! Ele não fica obrigado a ter que continuar com a esposa, mas também não se torna obrigado a separar-se dela! O Cônjuge traído ainda tem duas opções divinamente pré-aprovadas: A separação ou a restauração. Quando fica claro para os discípulos de Cristo que ele não apoiava uma separação banal (por qualquer motivo) chegou a vez deles mesmos se pronunciarem também: “Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar” (Mt 19.10). Sim, eles demonstram terem entendido muito bem o que Jesus falou! Esta realmente É a CONDIÇÃO DO HOMEM relativamente À SUA MULHER! O único erro deles se encontra na conclusão a que chegaram depois de terem entendido a condição do homem estabelecida por Deus em relação à sua mulher. O ponto errado na declaração dos discípulos se encontra apenas na ideia de que “não convém casar”. Você não acha curioso que os discípulos tenham chegado a considerar melhor “nunca casar” do que não poder “casar várias vezes”? Afinal, se aos olhos de Deus estivesse tudo bem ao homem “dar carta de divórcio e separar por qualquer motivo”, ele poderia fazer isso quantas vezes achasse “necessário”. É como se a conclusão fosse: “se não posso trocar, então é melhor nem provar”. Em meio a este segundo diálogo sobre o mesmo assunto, agora com seus discípulos, Jesus apenas remenda a última declaração dos discípulos para que eles não fiquem com conclusões precipitadas, e também para que saibam que a questão de “não casar” é uma possibilidade real dentro das condições certas. Assim, ele diz: “Nem todos são aptos para receber o conceito do celibato, mas apenas aqueles a quem é dado. Não obstante, há eunucos de nascença; há outros a quem os homens fizeram tais; e há outros que a si mesmos se fizeram eunucos, por causa do reino dos céus. Quem é apto para o admitir admita” (Mt 19.12). Jesus, como um bom líder responsável, não usa da sua experiência pessoal para impor suas escolhas sobre a vida dos que lhe seguem. O próprio Jesus escolhera ou nascera para o celibato, mas ainda assim não fez disso um motivo para por um julgo irresponsável sobre a cerviz dos discípulos. Jesus entendia que cada um sabe onde seu próprio sapato aperta. Se “cada deve prestar contas de si mesmo diante de Deus” (Rm 14.12), então não seria certo impor sobre os outros as escolhas que eu faço com base nas condições nas quais EU vivo. Desta forma, Jesus apresenta três classes de pessoas que poderiam viver sem contrair núpcias: Os que nasceram assim; Os que foram feitos assim; Os que se fizeram assim. É interessante saber que nem todos os homens sentem a vida e o mundo ao seu redor da mesma forma, afinal, segundo Jesus, tem gente que “nasce com condições diferentes”. Não sei se poderíamos usar a terminologia moderna e chamar isso de “predisposição genética” ou simplesmente de “dom de Deus”, mas o fato é que algumas pessoas não tem as mesmas necessidades, inclinações ou predisposições que os outros. Compreender isto pode nos fazer olhar para as pessoas com mais humanidade e sabedoria, pois estaremos aceitando o fato de que nem todos nascem exatamente iguais. Antes que alguém suponha que isso também se aplique a uma tendência homossexual supostamente aprovada por Deus por causa do “direito de nascimento”, lembre-se que o texto está tratando sobre NÃO CASAR, o que deixa implícita a ideia de “não ter relações íntimas”. A única coisa sobre a qual Jesus está falando é que algumas pessoas nascem com a aptidão de não se envolverem intimamente com o sexo oposto, optando então pelo celibato; e isto não tem ligação alguma com qualquer ideia de “nascer PARA TER desejos pelo mesmo sexo”. Até porque todos os seres humanos nascem e são heterossexuais, ainda que alguns tenham problemas homossexuais. Deus, por meio da criação, possibilitou a união entre um homem e uma mulher para que assim fossem um; de maneira que, se foi para isso que Deus os uniu, o homem não deveria se atrever a separar.
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Além disso, como tal coisa escrita responderia a dúvida dos fariseus? Jesus cita apenas dois textos do livro de Gênesis garantindo que lá estariam as respostas às suas dúvidas: “Não tendes lido que o Criador, desde o princípio os fez homem e mulher?” (Gn 1.27); “e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne?” (Gn 2.24). Caso alguém não compreendesse o que tais textos realmente significavam, Jesus fez questão de comentá-los de forma explicita, dizendo: “Se pela união do matrimônio, criado por Deus, eles se tornam uma carne só, então, o homem não deve separar aquilo que Deus idealizou para ficar junto” (Mt 19.6). Os fariseus, não satisfeitos, ou poderíamos dizer “ainda motivados pelo interesse de satisfazer seus próprios anseios”, eles insistem na discussão tentando chegar ao concesso de que um homem pode sim separar não importando muito qual seja o motivo. Se Jesus diz que as respostas estão na Bíblia, então eles também citam a Bíblia! “Se não devemos nos separar por que então Moisés mandou dar carta de divórcio e repudiar?” (Mt 19.7). E aqui nós vemos como corremos o risco de interpretar textos das Sagradas Escrituras ao nosso bem prazer se não formos atenciosos à função do contexto da passagem escolhida. Jesus diz claramente que a permissão de Moisés (e não o mandamento) para repudiar, foi uma permissão temporária devido à condição espiritual dos homens, mas que agora, de Cristo para frente, a condição espiritual humana seria restaurada ao padrão inicial, assim possibilitando ao homem viver à luz do que Deus havia estabelecido desde o princípio! No entanto, se os fariseus queriam saber se era permitido separar-se “por qualquer motivo”, Jesus responde bem objetivamente dizendo: “não é possível separar-se por qualquer motivo e ainda assim estar com o coração tranquilo diante de Deus, pois o único motivo que isentaria o homem de culpa numa possível separação e contração de novas nupcias, seria a traição por parte da esposa” (Mt 19.9). É preciso que se diga: Ainda que Jesus tenha permitido a separação por este único motivo, ele não a obrigou! Ele não fica obrigado a ter que continuar com a esposa, mas também não se torna obrigado a separar-se dela! O Cônjuge traído ainda tem duas opções divinamente pré-aprovadas: A separação ou a restauração. Quando fica claro para os discípulos de Cristo que ele não apoiava uma separação banal (por qualquer motivo) chegou a vez deles mesmos se pronunciarem também: “Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar” (Mt 19.10). Sim, eles demonstram terem entendido muito bem o que Jesus falou! Esta realmente É a CONDIÇÃO DO HOMEM relativamente À SUA MULHER! O único erro deles se encontra na conclusão a que chegaram depois de terem entendido a condição do homem estabelecida por Deus em relação à sua mulher. O ponto errado na declaração dos discípulos se encontra apenas na ideia de que “não convém casar”. Você não acha curioso que os discípulos tenham chegado a considerar melhor “nunca casar” do que não poder “casar várias vezes”? Afinal, se aos olhos de Deus estivesse tudo bem ao homem “dar carta de divórcio e separar por qualquer motivo”, ele poderia fazer isso quantas vezes achasse “necessário”. É como se a conclusão fosse: “se não posso trocar, então é melhor nem provar”. Em meio a este segundo diálogo sobre o mesmo assunto, agora com seus discípulos, Jesus apenas remenda a última declaração dos discípulos para que eles não fiquem com conclusões precipitadas, e também para que saibam que a questão de “não casar” é uma possibilidade real dentro das condições certas. Assim, ele diz: “Nem todos são aptos para receber o conceito do celibato, mas apenas aqueles a quem é dado. Não obstante, há eunucos de nascença; há outros a quem os homens fizeram tais; e há outros que a si mesmos se fizeram eunucos, por causa do reino dos céus. Quem é apto para o admitir admita” (Mt 19.12). Jesus, como um bom líder responsável, não usa da sua experiência pessoal para impor suas escolhas sobre a vida dos que lhe seguem. O próprio Jesus escolhera ou nascera para o celibato, mas ainda assim não fez disso um motivo para por um julgo irresponsável sobre a cerviz dos discípulos. Jesus entendia que cada um sabe onde seu próprio sapato aperta. Se “cada deve prestar contas de si mesmo diante de Deus” (Rm 14.12), então não seria certo impor sobre os outros as escolhas que eu faço com base nas condições nas quais EU vivo. Desta forma, Jesus apresenta três classes de pessoas que poderiam viver sem contrair núpcias: Os que nasceram assim; Os que foram feitos assim; Os que se fizeram assim. É interessante saber que nem todos os homens sentem a vida e o mundo ao seu redor da mesma forma, afinal, segundo Jesus, tem gente que “nasce com condições diferentes”. Não sei se poderíamos usar a terminologia moderna e chamar isso de “predisposição genética” ou simplesmente de “dom de Deus”, mas o fato é que algumas pessoas não tem as mesmas necessidades, inclinações ou predisposições que os outros. Compreender isto pode nos fazer olhar para as pessoas com mais humanidade e sabedoria, pois estaremos aceitando o fato de que nem todos nascem exatamente iguais. Antes que alguém suponha que isso também se aplique a uma tendência homossexual supostamente aprovada por Deus por causa do “direito de nascimento”, lembre-se que o texto está tratando sobre NÃO CASAR, o que deixa implícita a ideia de “não ter relações íntimas”. A única coisa sobre a qual Jesus está falando é que algumas pessoas nascem com a aptidão de não se envolverem intimamente com o sexo oposto, optando então pelo celibato; e isto não tem ligação alguma com qualquer ideia de “nascer PARA TER desejos pelo mesmo sexo”. Até porque todos os seres humanos nascem e são heterossexuais, ainda que alguns tenham problemas homossexuais. Deus, por meio da criação, possibilitou a união entre um homem e uma mulher para que assim fossem um; de maneira que, se foi para isso que Deus os uniu, o homem não deveria se atrever a separar.
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