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Governador e aliados políticos têm suas responsabilidades na tragédia do Rio Grande do Sul, diz analista

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Analista ouvido pela RFI aponta responsabilidade do governo do estado com pauta antiambiental e acha que parte do eleitorado pode se afastar do negacionismo diante da tragédia climática.

Raquel Miura, correspondente da RFI em Brasília

A previsão do tempo projeta chuva para regiões do Rio Grande do Sul ao menos até terça-feira, gerando incerteza sobre a movimentação do nível das águas ao sul do estado e também na capital, Porto Alegre, onde finalmente o lago Guaíba baixou de volume nessa quinta-feira.

Nas cidades mais atingidas do estado ainda há pessoas e animais a serem resgatados, cidades inteiras a serem reconstruídas, famílias que ainda terão de velar seus mortos, ainda que simbolicamente, pois muitos corpos foram levados correnteza abaixo.

A selvageria insana em meio à tragédia, com saques a mercados, roubos às casas e até denúncias de estupros de vulnerável em abrigos, levou o Ministério da Defesa a cogitar a atuação do Exército na segurança, o que depende de um pedido do governo estadual.

Mas uma crise dessa monta impõe também a necessidade de um olhar para o passado a fim municiar moradores para que possam fazer suas cobranças e escolhas futuras. O analista político Cláudio Couto, da PUC/SP, destaca a aprovação, no início do primeiro mandato de Eduardo Leite (PSDB), de um pacote de medidas que afrouxou regras ambientais no estado.

“E foi a toque de caixa, em dois meses e meio estava tudo resolvido. Embora o governador diga que houve ali um diálogo com diversos setores da sociedade, isso não quer dizer que os alertas dados tenham sido levados em consideração. Então é claro que tanto o governador, como a sua base de sustentação, têm suas responsabilidades”, lembrou Couto.

Ele também falou da atuação de parlamentares gaúchos no Congresso Nacional. “E até chamaria a atenção para uma proposta, defendida pela bancada ruralista do estado, que visa desproteger 48 milhões de hectares no país, alcançando 50% do Cerrado, um terço do Pampa, justamente uma área no Rio Grande do Sul, desprotegendo os campos como se só as florestas merecessem proteção”.

Crédito a juro zero

Cobrado a abrir a carteira para ajudar o estado, o governo federal anunciou medidas nas áreas trabalhista, de seguridade social e especialmente de crédito para empresas e produtores rurais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentando se equilibrar nas cobranças federativas, disse que não haverá juros sobre as parcelas e que demais estados não serão prejudicados.

“Não podemos praticar juros de mercado porque desse jeito as pessoas do Rio Grande do Sul não terão condições de refazerem suas vidas. Os empréstimos precisam ter juro zero e para isso teremos de ter um aporte para subvencionar o crédito. Esse dinheiro não será tirado de outras regiões do país. É a União que está aportando esse recurso sem prejudicar os programas que atendem as 27 unidades da federação”, pontuou Haddad.

Um dos focos da medida provisória que traz esse primeiro lote de ações do governo são os produtores rurais, setor onde o discurso que relativiza o impacto da atuação humana sobre o clima tem boa recepção. O analista político ouvido pela reportagem acredita que ao menos uma parte dessas famílias vai repensar a importância do tema ambiental e isso pode levar alguns políticos a calibrar o discurso, embora ele não acredite em mudanças reais dos políticos.

“Acho muito difícil os políticos que têm tido uma agenda antiambiental mudarem de posição com essa tragédia. O que pode acontecer, isso, sim, é que certos setores do eleitorado, que votaram nessas pessoas, podem repensar esse voto, o que pode levar a um ajuste de discurso, mas não uma mudança efetiva dos políticos”, avalia o professor da PUC/SP.

“E nem todo eleitorado vai ser mais crítico ou deixar o negacionismo. Embora a gente possa imaginar que agricultores no Rio Grande do Sul, que estão tendo imensas perdas nesse momento, talvez se conscientizem de que os problemas ambientais os afetam.”

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A previsão do tempo projeta chuva para regiões do Rio Grande do Sul ao menos até terça-feira, gerando incerteza sobre a movimentação do nível das águas ao sul do estado e também na capital, Porto Alegre, onde finalmente o lago Guaíba baixou de volume nessa quinta-feira.

Nas cidades mais atingidas do estado ainda há pessoas e animais a serem resgatados, cidades inteiras a serem reconstruídas, famílias que ainda terão de velar seus mortos, ainda que simbolicamente, pois muitos corpos foram levados correnteza abaixo.

A selvageria insana em meio à tragédia, com saques a mercados, roubos às casas e até denúncias de estupros de vulnerável em abrigos, levou o Ministério da Defesa a cogitar a atuação do Exército na segurança, o que depende de um pedido do governo estadual.

Mas uma crise dessa monta impõe também a necessidade de um olhar para o passado a fim municiar moradores para que possam fazer suas cobranças e escolhas futuras. O analista político Cláudio Couto, da PUC/SP, destaca a aprovação, no início do primeiro mandato de Eduardo Leite (PSDB), de um pacote de medidas que afrouxou regras ambientais no estado.

“E foi a toque de caixa, em dois meses e meio estava tudo resolvido. Embora o governador diga que houve ali um diálogo com diversos setores da sociedade, isso não quer dizer que os alertas dados tenham sido levados em consideração. Então é claro que tanto o governador, como a sua base de sustentação, têm suas responsabilidades”, lembrou Couto.

Ele também falou da atuação de parlamentares gaúchos no Congresso Nacional. “E até chamaria a atenção para uma proposta, defendida pela bancada ruralista do estado, que visa desproteger 48 milhões de hectares no país, alcançando 50% do Cerrado, um terço do Pampa, justamente uma área no Rio Grande do Sul, desprotegendo os campos como se só as florestas merecessem proteção”.

Crédito a juro zero

Cobrado a abrir a carteira para ajudar o estado, o governo federal anunciou medidas nas áreas trabalhista, de seguridade social e especialmente de crédito para empresas e produtores rurais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentando se equilibrar nas cobranças federativas, disse que não haverá juros sobre as parcelas e que demais estados não serão prejudicados.

“Não podemos praticar juros de mercado porque desse jeito as pessoas do Rio Grande do Sul não terão condições de refazerem suas vidas. Os empréstimos precisam ter juro zero e para isso teremos de ter um aporte para subvencionar o crédito. Esse dinheiro não será tirado de outras regiões do país. É a União que está aportando esse recurso sem prejudicar os programas que atendem as 27 unidades da federação”, pontuou Haddad.

Um dos focos da medida provisória que traz esse primeiro lote de ações do governo são os produtores rurais, setor onde o discurso que relativiza o impacto da atuação humana sobre o clima tem boa recepção. O analista político ouvido pela reportagem acredita que ao menos uma parte dessas famílias vai repensar a importância do tema ambiental e isso pode levar alguns políticos a calibrar o discurso, embora ele não acredite em mudanças reais dos políticos.

“Acho muito difícil os políticos que têm tido uma agenda antiambiental mudarem de posição com essa tragédia. O que pode acontecer, isso, sim, é que certos setores do eleitorado, que votaram nessas pessoas, podem repensar esse voto, o que pode levar a um ajuste de discurso, mas não uma mudança efetiva dos políticos”, avalia o professor da PUC/SP.

“E nem todo eleitorado vai ser mais crítico ou deixar o negacionismo. Embora a gente possa imaginar que agricultores no Rio Grande do Sul, que estão tendo imensas perdas nesse momento, talvez se conscientizem de que os problemas ambientais os afetam.”

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